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Motorista com o
veículo em alagamento: O motorista não deve tentar dar a partida no carro se o
motor morrer
A seguir estão listadas 10 recomendações do Centro
de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi Brasil) para preservação do veículo em
áreas alagadas. Confira e saiba como minimizar os prejuízos caso você passe por
essa situação.
1 Não tente dar a partida se o motor morrer
Se durante a travessia por uma área alagada o carro
morrer, mantenha-o desligado. Caso tenha entrado água no motor, ao mantê-lo
desligado é reduzida a chance de danos causados por um calço hidráulico
(penetração de líquido na câmara de combustão que provoca danos a componentes
internos).
2 Preste atenção ao nível de água do trecho
alagado
No manual do veículo, a maior parte das montadoras define
qual é o nível máximo de água pelo qual o carro pode passar sem riscos. Mas,
caso você não encontre a informação, uma dica mais geral é não deixar a água
ultrapassar o centro da roda.
3 Reduza a velocidade e mantenha uma rotação
maior e constante do motor, em torno de 2.500 RPM
A rotação maior e constante diminui a variação do
nível da água, reduzindo os respingos no motor e, por consequência, a
contaminação de seus componentes eletroeletrônicos. O ideal é que a rotação
fique em torno de 2.500 RPM (rotações por minuto). E a baixa velocidade melhora
a aderência e a dirigibilidade do veículo.
4 Se o carro for automático, habilite a função
manual de troca de marchas
Ao passar para a troca de marchas manual, o carro
não desenvolverá tanta velocidade, garantindo uma rotação maior ao motor. Outra
dica é alternar a troca de marchas entre “N” (ponto morto) e a primeira marcha.
Dessa forma é possível manter a velocidade baixa durante o trecho alagado, sem
deixar de manter a rotação em torno dos 2.500 RPM.
5 Se o carro automático tiver as opções
“Winter” ou “Snow” para ajuste de tração, utilize-as
Ambos os recursos foram criados para conferir ao
carro maior segurança durante trechos de baixa aderência, como neve ou lama.
Eles evitam que o veículo patine por causa do chamado bloqueio do diferencial,
um sistema mecânico que faz com que as forças da transmissão sejam distribuídas
uniformemente pelas rodas do veículo, impedindo que uma das rodas gire em falso
enquanto a outra permanece parada.
É um recurso que auxulia o motorista em situações
de alagamento porque beneficia o controle da velocidade do veículo e da rotação
do motor.
6 Mantenha a calma diante de sinais estranhos
do automóvel
Em uma situação de alagamento, o carro pode ter
algumas reações atípicas, como: aumento de esforço ao esterçar (direção
hidráulica), variação na luminosidade das luzes do painel de instrumentos, alertas
sonoros, flutuação dos ponteiros, acendimento das luzes de anomalia da injeção
eletrônica, bateria e ABS (se disponível), aumento do esforço ao brecar e
interrupção do funcionamento da tração 4x4 (veículos diesel).
Todos esses sinais podem ser causados pela falta de
aderência entre a correia auxiliar e as polias (roldanas) da bomba da direção
hidráulica, do alternador e da bomba de vácuo (veículo diesel). Por serem
acontecimentos passageiros e que não impedem a dirigibilidade, na maioria dos
casos, é recomendável apenas que o motorista fique calmo, reforce a cautela e
mantenha o menor número possível de equipamentos ligados.
7 Desligue o ar-condicionado
O ar-condicionado ligado aumenta o risco de entrada
de água na tomada de ar do motor, o que aumenta a possibilidade de calço
hidráulico.
8 Redobre o cuidado com carros rebaixados
Veículos rebaixados e turbinados têm mais riscos de
sofrer calço hidráulico já que eles ficam mais próximos ao solo. Por isso, é
aconselhável manter a originalidade da montadora. E se o veículo já estiver
nessas condições, redobre a atenção sobre os procedimentos sugeridos.
9 Faça um check-up em uma oficina depois de
passar por um alagamento
Ao passar por um alagamento, o carro pode ter
passado por uma contaminação do cânister, do óleo da transmissão e dos
eixos diferenciais, no caso de veículos com tração traseira ou mesmo 4x4.
Nesses casos, pode haver uma redução da vida útil dos componentes desses
conjuntos, o que aumenta os riscos de falhas na embreagem, na suspensão e nos
freios.
Além disso, também podem ocorrer alterações no
sistema de injeção eletrônica que, em um primeiro momento, são simples e
imperceptíveis - como mau contato -, mas podem gerar grandes transtornos
posteriormente.
Por isso, é altamente recomendável levar o carro a
uma oficina e solicitar a avaliação desses itens para evitar mais prejuízos.
10 Faça uma limpeza pesada
Depois de uma enchente você estará sujeito à
contaminação por fungos, micro-organismos e bactérias. E, dependendo da
quantidade de água que penetrou o interior do carro e do tempo que ele ficou
molhado, ele pode ficar com mau cheiro. Por esses motivos é fundamental
realizar uma limpeza profunda, que inclua o sistema de ventilação do
carro.
Fonte: EXAME.com
Tópicos: Carros, Autoindústria, Veículos, Chuvas,
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